quinta-feira, 2 de abril de 2020


Lui Xiaobo, AI Weiwei, Tan Zuoren.

Quem são? O que fazem?

Três exemplos, entre muitas centenas de milhar de cidadãos Chineses, que sacrificando a sua vida, ousaram levantar a sua voz contra um governo ditatorial, que não reconhece que os cidadãos possam ter direito a condições de trabalhos dignas, lançados numa guerra de produção de bens de baixo custo contra o resto do mundo.

Os seus nomes as suas caras, é algo que muitos de nós, quando muito, até podemos ter uma ideia muito vaga – Opositores políticos de um regime totalitário, que os meios de comunicação ocidentais, já quase na sua totalidade na mão de acionistas chineses, a face do poder do governo de ditadura no estrangeiro, e que assim se esquecem de noticiar, quando o tema é oposição ao regime na china.

Assim, vergados ao poder económico do gigante totalitário, governantes de nações pelo mundo inteiro, passam assim a ser amestrados pelo estado chinês que lhes compra a sua dívida pública, e assim, com mais umas moedas para dar à sua população, garantem as próximas a vitoria nas próximas eleições.

Isto sucede, independentemente de se tratarem de governos de esquerda ou direita; os vistos dourados é um bom exemplo disso, ou a isenção de impostos que é dada aos chineses que vêm-se estabelecer em Portugal, é outra benesse que nenhum Português tem quando quer começar um negócio no seu próprio país.

Mas tudo toleramos, quem de nós nunca foi comprar umas pilhas, ferramentas, fruta, uma t-shirt ou cuequinha sexy à loja do chinês que é baratinha? Eu também já fui.

E assim já o monstro engordava. E no seu país com esse dinheiro, tudo fazia.

Mercados de animais vivos em que no mais puro e absoluto terror esses seres eram massacrados para servirem de iguaria exótica aos ricos chineses com os bolsos cheios com dinheiro, que afinal já tinha sido nosso.

E graças a tudo isso, arranjaram assim forma de lançar um vírus por todo o mundo sacudindo de forma altiva a responsabilidade de tal facto, e inventando histórias mirabolantes para ver se assim passam despercebidos, tentando culpar outros.

Somos nós que permitimos tudo isto. Da mesma forma que há cerca de 80 anos passavam longos comboios de vagões, cheios de gente empilhada, nas vastas planícies da Polónia, e os camponeses a trabalhar nesses campos viravam a cara para o outro lado.

Também virámos a cara ao que acontecia na China.

O preço a pagar é afinal o mesmo que há 80 anos, os fornos crematórios enchem-se novamente de inocentes.

É pesado o preço de deixar adormecer a consciência.

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