Agrupam-se os dias, em
semanas, por sua vez em meses, e finalmente naquilo a que chama de anos.
Que nos fica de tudo
isto?
As experiências que
tivemos, nas mais diversas situações, das pessoas que se cruzaram connosco e
como reagimos, do que significam para nós todos esses momentos e o que aprendemos
(ou não) com eles.E seguimos.
Altera-se a percepção. O aniversário festejado de forma improvisada, praticamente no meio de desconhecidos, por impossibilidade da presença das fileiras familiares, oferece assim uma dimensão nunca anteriormente vista.
Apagam as luzes no restaurante. Dezenas de pessoas ficam as escuras. Os poucos familiares presentes arrancam tal APU, a turbina preguiçosa da conhecida música – “Parabéns a você”.
No espaço de segundos
juntam-se dezenas de vozes vindas da escuridão- A sensação é única, de forma instantânea
sou transportado para os aniversários da minha infância, na minha casa quando
ainda os meus aniversários se contavam pelos dedos de uma mão.
Que riqueza.
Que generosa dádiva que nem a mais cara e desejada das prendas conseguiria realizar.
Liberto da interminável demanda
a que a sociedade nos procura empurrar de forma vigorosa, da televisão de
plasma para a de Led’s e sei lá mais o
que, do carro blablá para o carro blobló, de toda essa variedade de bens materiais
que afinal de conta só têm um objectivo – A tua escravidão.Que riqueza.
Que generosa dádiva que nem a mais cara e desejada das prendas conseguiria realizar.
Fico com os olhares. Que
com a intensidade e diversidade de emoções que expressam não se desgastam com o
tempo, conseguido sempre alcançar mais do que a memória, chegando ao coração.
Única riqueza esta.
Que 2014 tenha assim para
vós muitos olhares, intensos de alegria, motivadores, e transbordantes de energia
que vos façam assim sentir felizes, de modo a assim enfrentarem todos os difíceis
momentos, com um renovado animo, verdadeiramente imbatíveis; de modo todos à
vossa volta possam sentir o mesmo, e que afinal a “felicidade solitária” do individuo
não existe, só existe quando é comum, entre sentimentos e acções trocados,
libertos de interesses.
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