domingo, 30 de outubro de 2011
Ideais que não são para todos...
A ditadura de Kadaffi , chegou ao fim na líbia.
Ignorando um mundo em mudança, nem a força dos mercenários aguentou o ditador muito tempo.
Chamou os que se rebelaram contra a sua ditadura de “ratos” mas ironia do destino, os seus últimos momentos foram passados dentro de uma tubagem de escoamento de águas, local de eleição dos roedores, onde procurava ainda a impunidade com que sempre viveu.
Miseravelmente, ainda há pouco tempo era recebido com honras de estado, por numerosos “governos do ocidente” – Os auto intitulados defensores da igualdade de direitos e da condição humana.
Mas nunca deixou de ser o mesmo criminoso.
Curiosamente o mau momento económico, conseguido graças a ambição desmesurada da ganância do capitalismo, desde sempre fomentada na sociedade de consumo, faz igualmente cair numa indiferença profunda os “governos do ocidente”.
Com as estruturas produtivas deslocalizadas para o oriente – onde os trabalhadores vivem uma realidade semelhante à da era da revolução industrial, tudo parecia estar bem.
Não existindo por essas paragens, preocupação com o bem-estar, ou uma distribuição da riqueza de acordo com os bens produzidos. – Apenas uma luta no dia-a-dia pela sobrevivência.
Daí as grandes margens de lucro – Um verdadeiro negócio da china, a que se juntam Índia, Paquistão e tantos outros.
Os “governos do ocidente” – Os já mencionados defensores da igualdade de direitos e da condição humana, fecham os olhos a que tudo o que por lá se passa.
Assim os “tão nobres ideais” caem por terra, pois o silêncio é total quando se fala de eleições livres e democráticas na china, ou na ocupação do Tibete, sem esquecer os milhões de seres humanos a trabalhar à beira da escravatura, sem quaisquer direitos.
Desprovidos da grande parte da estrutura produtiva, logo bastante enfraquecidos economicamente, os “governos do ocidente” agora pedem esmolas a troco das poucas estruturas produtivas restantes, para tentar salvar as suas sociedades.
A ruína económica espera-os em breve. Não haverá fundos capazes de cobrir valores de dívidas de juros que não param de subir.
Daí que a salvação reside na china.
Nos seus cidadãos, que a semelhança do que sucedeu na Líbia, se revoltem contra um governo totalitário exigindo melhores e mais justas condições de vida e de trabalho, à semelhança do que sucedeu no ocidente, no inicio da revolução industrial.
E o mesmo se aplica à Índia, um dia, liberta da sociedade de castas, forma de opressão sobre um imenso povo.
Assim os seus produtos irão reflectir o verdadeiro “custo de produção”.
E deixará de ser economicamente viável produzir num remoto local, quando no próprio país esses custos de produção forem idênticos.
E a economia dos “governos do ocidente” recuperará, assim como os seus ideais, de uma forma transparente, sustentada e justa.
Nunca em toda a história, nenhuma economia recuperou o seu vigor à custa de impostos e sobretaxas, sem um aumento efectivo da riqueza, através do incremento da produção.
Num mundo que pode ser melhor para todos, distribuindo a riqueza de uma forma mais justa.
E deixando para trás uma época de cinismo e de ganância, que rapidamente terá que chegar ao fim, para o bem de todos nós.
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