sábado, 2 de abril de 2011
A Vitória é da liberdade.
Mesmo levado aos limites do terror, o povo Líbio disse basta.
Carpinteiros, canalizadores, advogados pegaram em armas contra aqueles que lhes diziam que viviam na liberdade, mas que eles sentiram que não.
É a pura essência da revolução, 14 de Julho de 1789 revisitado novamente.
Mas o poder instituído, sente a ameaça e retalia com grande violência, apesar de sentir, recusa-se a aceitar que o seu tempo chegou ao fim.
O seu Líder, no estilo bem conhecido de todos os ditadores, é uma criança birrenta, que no entanto, nos seus brinquedos, têm ao seu dispor um vasto arsenal bélico e numerosos mercenários.
Violento, oprime e mata para alcançar os seus objectivos.
O mundo ocidental arrependeu-se de tudo ter perdoado a kadaffi, em troca de petróleo, os numerosos actos criminosos que patrocinou, e a terrível opressão a que submeteu o seu povo, que só agora começamos a conhecer a verdadeira dimensão.
Quando estava prestes a esmagar (novamente) os seus opositores, com o seu já famoso terror, o mundo unido disse-lhe basta. Finalmente.
É claro que nem todos apoiam tal medida, é natural, como poderíamos nós pensar que a China, poderia apoiar tal iniciativa, depois do que fez no Tibete? E a Rússia? É claro que também não; Lembrem-se do que eles fizeram na Geórgia à pouco tempo.
Falta a Turquia...com a sua veemente crítica da intervenção das nações unidas, na Líbia; Não é de estranhar, basta ver o que ainda agora fazem à martirizada Arménia.
Um ditador déspota é sempre um ditador déspota; Kadaffi, já o era nos anos 80.
Mas apenas um líder parecia saber isso. Todos os outros dormiam na indiferença e nas conveniências.
A luta do povo Líbio, é também uma inspiração.
Contra todos aqueles que oprimem nas mais diversas formas; Quer seja à escala de um pequeno apartamento, a que chamam de casa, no local de trabalho, ou numa nação, onde foi promovido um verdadeiro saque económico, em detrimento de algumas figuras que deveriam ser submetidas a um imparcial julgamento, pelo jogo sujo de interesses e influências que sempre jogaram, empobrecendo uma nação para único proveito próprio.
Perante todas essas formas de ditadura, de maneiras de ser e estar, é importante lembrar que a verdade sempre venceu a mentira.
Quanto mais tempo a mentira durar, mais alta e forte será a voz da verdade a afirmar-se, no caminho para a liberdade.
A minha homenagem, para com aqueles, que numa instituição com que já não se identificavam, deixaram todo o conforto para trás para lutarem pelos seus ideais.
Caso do piloto do Piloto do Mig-23 Líbio, que ao lado das forças rebeldes, sozinho, com a sua aeronave, procurava defender Benghazi contra um exército inteiro que se preparava para efectuar um massacre.
A sua aeronave acabou por ser abatida e a sua vida perdeu-se; A sua memória fica presente pelo exemplo que representa para a humanidade.
A Esperança.
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