domingo, 23 de janeiro de 2011

O Muro.















De Pedra maciça.

Têns que o passar, não há forma nem volta a dar.

De elevada dimensão, olhas para onde acaba e parece tocar as nuvens.

-Terá que ser escalado! – Alguém grita.

Lanças as tuas mãos as suas pedras, ásperas e rugosas ao toque; Fazes força com os braços para iniciares a subida, mas o teu peso, ao tentares a escalada pelas pedras do muro, rapidamente te fazem entender que não será nada fácil.

Os teus dedos protestam, e apesar do frio que se faz sentir, numa questão de segundos, as tuas mãos estão vermelhas, com uma sensação de calor como se estivessem junto de uma fogueira.

Isto assim não vai lá. – Pensas para ti; Mesmo que consiga subir um pouco, até chegar ao cimo do muro, ainda é muito.

Se caio, e tenho que iniciar a subida de novo, ainda será mais difícil.

Afinal um muro pode ser 365 dias de um ano que todos anunciam como mau, de difícil transposição.

Porque é que para passar o muro tenho afinal de o subir?

Se escavar a sua base, desmorona-se. Não passa de um pilha de pedras que dá afinal para passar a pé.

Assim, rapidamente, tentas a tua ideia.

No entanto, ao inicio pensaste que para passar o muro tinhas que o escalar.

O muro com a sua massa inerte, maciça quase te levava de vencido.

Pensaste e com uma pequena pá, escavando a terra, conseguiste ver onde a ultima pedra assentava.

Escavaste a todo o comprimento da base de um dos lados, bastante fundo. O muro começou a inclinar-se com toda a sua massa inerte, maciça, e caiu sem resistência transformando-se num monte de pedras.

Aprendeste uma curiosa lição – “passar por cima de um muro, contrariamente ao que todos pensam pode ser conseguido, escavando na direcção oposta” à escalada.

O muro pode agora de pedra, ou feito de sentir, ou de dificuldades de qualquer ordem.

Mas terá sempre solução, às vezes de uma forma completamente oposta de como lhe lanças a primeira abordagem.

Felicidades.

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