terça-feira, 21 de dezembro de 2010

A aprendizagem da atitude...no navio da vida















Para as páginas do livro de bordo assim foi passada a injusta situação vivida na casa das caldeiras, que anteriormente podem encontrar descrita.

Passou algum tempo, e perante a surpresa de todos, eis um belo dia, que no início do turno, encontramos cadeiras, no local onde os pequenos bancos davam alivio às pernas, entre algumas pás cheias de carvão, lançadas à fornalha.

Parece que o protesto surtiu efeito, ainda mais evidente quando o “jovem oficial “ no seu quarto de vigia, entra na sala das caldeiras, sabendo-se que tinha sido sua a ordem de remoção dos “pequenos bancos”.

Apesar de gigantesca, a sala das caldeiras parece pequena para ele, apertada, muito mais desconfortável do que o seu imenso calor faz sentir.

Move-se rapidamente, evita olhares, e perdeu a sua atitude desafiante e altiva.
Diria que iniciou um processo de aprendizagem, em que a sua atitude têm muito para descobrir.

Mas não está sozinho neste processo.

Os fogueiros, remetidos para o último convés do navio, alimentando a enorme máquina, apercebem-se que as suas necessidades têm afinal importância; Algo que desconhecido para eles até este momento.

Têm é que tomar consciência disso, assim como todos os que os rodeiam.

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