Um pouco mais à frente, è a vez de um Autocarvanista Francês, mê dar alguns conselhos bastante úteis… a neve cobre totalmente a estrada, e eu sem correntes a tentar descer os Pirenéus….
Alcançar uma altitude mais baixa para nos vermos livres do gelo nas asas – afirmo com convicção visto a fortaleza, tal navio deslizar lentamente por ente curvas e contracurvas, feitas muito devagar, consulta-se o único mapa que veio para a "Pequenina viagem sem desafios ou preocupações??" (lembram-se?) de modo a escolher uma rota de menor altitude, sem risco de neve ou gelo.
Serpenteia agora a fortaleza voadora por uma estrada estreita, numa garganta apertada de pedra, muito bela, mesmo em plena noite.
Temos que cá voltar - digo ao co-piloto. Sim, sem dúvida, responde…um pouco apreensivo de ver as pontas das asas perto dos maciços rochosos.
Mais 300Km’s em território Francês….C’est bien pour moi :) volta-se a entrar em Espanha. Junto a Barcelona, gigantesca em área industrial…e em engarrafamentos em plena auto-estrada às tantas da manhã por causa das obras…passo os comandos ao co-piloto e vou dormir um pouco…
Acordo em pleno movimento, já totalmente fora de engarrafamento, e o co-piloto segue viagem na madrugada até pararmos novamente e assumir novamente o meu posto.
Nova paragem para dormir….e ao acordar relembro os artilheiros que amanhã pela mesma hora terão que estar em Portugal…
Chove bem, Madrid está mergulhada no pára-arranca das grandes metrópoles em hora de ponta…adiante…
Entra-se em Portugal.
Estou contente, há felicidade pela primeira vez ao ver a placa azul, com as estrelinhas amarelas a dizer Portugal desde a minha primeira saída sozinho até Badajoz que essa mesma placa era sinonimo de profunda tristeza, de ter que voltar.
Agora não, aqui neste país tudo têm que se encontrar solução, nada é fácil, daí que é um país uma terra que puxa por ti, até ao limite.
Até a falta de marcação do pavimento na nacional Nº4, me alegra. Com chuva pouco ou nada se vê da via, mas tudo bem.
É um país mais intocado, pode até considerar-se menos evoluído, mas ainda bem.
Gosto dele assim.
Talvez finalmente tenha aprendido a gostar de viver na minha terra – mais ao estilo da rádio M80 do que da rádio comercial (desculpem-me a comparação), mas depois de ouvirem as duas rádios vão entender...
Aprender a ser feliz é difícil, mas excelente quando se tenta, e não estamos à espera da felicidade, tal prato saboroso que nos seja servido em belo restaurante
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