Sabes que existe, tens curiosidade em espreitar, à paisagem quando te acercas à sua beira.
Seja ele qual for, pessoal ou colectivo, quando por exemplo um país inteiro se encontra junto a um abismo que pode ser afinal financeiro.
Espreita, mas cuidado, não te deixes cair.
Depois de cair, já não se pode voltar atrás, de nada servem os lamentos e as angústias da queda.
Se não espreitares, o medo venceu-te, nunca saberás se podias resistir ao abismo e aos seus perigos.
Espreitaste, sentiste o vento na face, o temor e a contemplação que provocaram em ti.
Vens-te embora com algo mais, poderás encontrar outros abismos, inesperados até, mas para ti, não serão diferentes dessa primeira experiencia, que agora já é parte do passado.
Sem júbilos, tristeza, dúvidas, rodeios, ou ambiguidade, com determinação segues em frente, até ao próximo abismo que, independentemente da face que possa assumir, enfrentas.
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