quarta-feira, 19 de maio de 2010

O Imperador e o “Pequeno País”.




















Perante os seus pés todos os reis se curvam, excepção feita para a rainha de Inglaterra, já desde há muito tempo.

Herdou o seu trono de um muito popular imperador, muito querido por muitos povos de muitas nações.

Com as suas declarações, pouco ciente ainda do seu poder, meteu os pés, (como se designa em vulgar calão) por diversas vezes, e provocou a desgraça, e mesmo até a morte de pessoas.

Coisa que com o anterior imperador jamais foi vista.

Uma vez, já há alguns anos, vi, o anterior imperador, pessoalmente numa pequena ilha.

Tinha um ar afável, ainda me lembro do seu sorriso sob o sol.

Uma boa pessoa antes de algo mais, que também era imperador.

Pelo contrário, pouca simpatia este “novo” imperador fazia florescer.

Vêm então de visita, a um pequeno país.

Semblante carregado, mergulhado nos seus inquestionáveis dogmas.

A visita prossegue, e lentamente o imperador muda.

Os trovadores dizem durante a sua visita, que as pessoas passam a vê-lo com maior simpatia.

Mas não é bem assim.

As pessoas, o pequeno país, é que mudam o grande imperador.

Não acreditam? Vejam os seus retratos no inicio, e no final da viagem. Observem a evolução da expressão dos seus olhos, está diferente, mudou.

Acaba a visita do Imperador ao Pequeno País.

Dentro de si leva uma maior humanidade, de uma forma que nunca tinha sentido antes.

Uma oferta riquíssima, que nenhum reino gigante e poderoso lhe poderia dar.

Apenas o pequeno País, pobre de bens materiais, cheio no entanto, de tesouros muito acima da dimensão material.

Será um melhor Imperador a partir de agora. Está diferente.

Sentiu-se melhor no pequeno País, a que veio de viagem, do que no alto do trono do seu império.

Compreendeu que a riqueza do seu império, são as pessoas que o compõem, e os sentimentos que consegue gerar.

Sem isso está no vazio.

Vai lembrar-se para sempre disso. E que foi graças ao “tão grande pequeno reino”.

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