domingo, 9 de maio de 2010

As Montanhas da Atlântida IV 14-Aug-2009 23:26


As recordações assaltam-me de uma forma violenta, afinal nada está igual.

Falta, tal como tal palco de um teatro, que revisitamos, os actores que tinham tornado a peça assim única, que afinal é a nossa vida.

É apenas chapa, falta o Avô, com a sua boa disposição, determinação, ira por vezes, com qualquer coisa que não estava bem.

A ferrugem (apesar da sólida determinação de uma familiar minha que o teima em manter na estrada) está a tomar conta de toda a viatura.

Pertence com as recordações, a uma época, e por mais que se tente, vai um dia afinal conhecer apenas a essa realidade.

Reencontra-se alguns familiares e entre alguns almoços e jantares, lá se convive, trocando ideias e algumas lembranças, essas sim, de bons momentos passados, imunes à ferrugem que o Datsun tem dificuldade em resistir.

Visita-se o museu da fotografia, o mais antigo conhecido em Portugal, é exemplar, quer na organização das fotografias, que permitiram localizar passados exactamente 100 anos uma foto da minha Bisavó, datada de 12 de Setembro de 1909.

Parece história tipo filme de Hollywood, mas é mesmo real.

O interior do referido museu é uma viagem ao inicio do século. Em tudo. Com detalhe único, como tudo nestas montanhas da Atlântida.

Se gostam destas coisas, sugiro uma visita. Demorada.

Obrigatório uma descida nuns pequenos carros sem rodas, sem motor, sem ABS e sem controlo de tracção mas cujos hábeis pilotos mostram que têm muito para ensinar a qualquer piloto profissional.

Excelente gestão da energia, e da força da gravidade. Desculpem-me mas tenho que dize-lo novamente. Único.

Se Portugal desse as mesmas hipóteses de carreira, que na Alemanha o tal de Schumacher teve no automobilismo, o maior campeão do mundo seria destas montanhas da Atlântida.

Não acreditam? Tudo bem. Vejam o caso do Cristiano Ronaldo; Em que o mundo, elevou a sua paixão a um patamar nunca antes visto na história.

A hora do regresso torna-se complicada, mas desejada, ao contrário do que sempre sucedeu.

As montanhas da Atlântida são caras para turistas e como o peculiar clima destas montanhas, sempre diferente de um sítio para o outro, de extremos nunca constantes, provocam a mudança em mim, numa extensão que não tenho ainda bem presente o seu alcance e implicações

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