Ao teu volante poucos Km's precorri, mas todas as emoções de uma grande viagem senti.
A simpatia, o desejo de ajudar das pessoas (que ainda existe), o simples prazer de conduzir, puro, sem filtros, sem direcções assistidas, sem GPS, sem nada que de tão superfúlo deixa perder o essencial.
A solidão condenou-te à venda, que para tristeza minha se concretizou.
Aproveitei ainda nesses momentos, para te colocar um pouco de base nesse rosto, em que as linhas não deixam de esconder uma certa idade, algo madura, mas que te torna assim bela.
Adeus, pensei.
Mas tudo aquilo e aqueles que realmente gostamos, a mente impele o corpo a tomar uma acção.
Foi um leve toque de dedos, tal viagem curta, tal momento perdido, tal acaso, que não é.
Felicidades, que o teu novo dono possa sentir a mesma alegria, a esperança, e realizar todas as viagens que a minha vida, com as suas inúmeras condicionantes, não me deixaram levar-me contigo em viagem sem destino.
Adeus.
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