domingo, 9 de maio de 2010

Os fogueiros do Titanic


Debaixo de um calor insuportável, em cada turno encontram-se dois fogueiros do Titanic.

Não se conheciam de lado algum, mas as difíceis condições de trabalho, dia após dia, aproximaram-nos.

Falam na sua breve folga de 40 minutos, do que os aflige, quer seja do seu trabalho, ou da sua vida.

As caldeiras que alimentam, não são mais, nos dias de hoje, todas as situações que todos nós temos pela frente, das mais diversas origens, que tudo consomem.

O suor de lhes cai sem descanso do rosto, é o stress dos dias de hoje.

E na eminência do naufrágio, sacrificam-se ao impedir que as caldeiras, se convertam em força destruidora do navio, em contacto com a água gelada.

Mesmo numa sociedade destinada também a um “iceberg” que irá assim expor toda a sua fragilidade, continuam a sua árdua tarefa.

Mesmo injustiçados, mal tratados e esquecidos, nasceram fogueiros, no seu nada, têm afinal muito: O seu orgulho, o seu dever, o ser, numa sociedade que perdeu a sua essência há muito; O De e Para o Indivíduo.

Sem comentários:

Enviar um comentário